Disciplina - Educação Física

Relato: C.E. São Manoel

Nome do Autor: Roberto Marcos Vidotto
Instituição: C.E. São Manoel
Município / Estado: Santa Maria do Oeste / PR
Conteúdo: Esporte - Basquete
Série: 1ª série - Ensino Médio


Relato

Sou professor de Educação Física no Colégio Estadual São Manoel/Santa Maria do Oeste/PR de 5ª até o 3º ano, assumindo estas ano passado (2008). Todavia, a região da escola é extremamente pobre e desprovida de estrutura, comércio e de pavimento.

Recebemos muitos elogios, eu e os alunos do 1º ano do ensino médio pelo trabalho desenvolvido.

Dentre essas tarefas, pesquisar no computador (compartilhamento público) assunto definido para os grupos, arquivos estes já pesquisados e selecionados pelo professor. Após sim, aprofundar pesquisas na internet sobre o assunto definido, com textos, vídeos, ou qualquer logística digital pertinente.

O tema para o 3º bimestre, o Basquetebol, a princípio gerou certo desconforto em três pontos: o primeiro - nosso colégio não conta com tabelas de basquete; o segundo - o desporto Futsal é amplamente difundido e conhecido; o terceiro - me questionava “Como fazer para trabalhar o Basquete?”

O que realmente me surpreendeu e superou a expectativa, fora justamente o empenho dos alunos em fazer acrobacias copiadas de Michel Jordan, Halen Globtrotters, além do basquete de rua (CUFA), entre outros.

Me deparei com outro problema: os alunos não queriam mais participar das aulas teóricas por motivos óbvios.

Alguns alunos conhecidos e tratados como “problema” se destacaram, aqui, superando-se nas execuções de movimentos acrobáticos, além de escreverem informações em forma de jornal. Essas informações que sugeri como forma de desafio para estes mesmos alunos.

Fiquei surpreso com a participação de alunos que eram vistos como tímidos e sem opinião, que passaram a ser assediados pelas ideias em forma de textos. Outra forma de desafiá-los, foi encontrada mediante a impressão destes textos, colocando-os em edital para que todos pudessem ler, tanto o raciocínio, quanto o nome dos componentes dos grupos.

Os estudantes que até então apenas chutavam bola e agora descobriram outra forma de expressão corporal, de afirmação, de fortalecimento da autoestima (até de posição perante outros), me mostraram que o limite não tem limite e sim descobertas.
Espero com isso, que os alunos dos nosso Colégio, vítimas de vários tipos de assoreamento de seus sonhos, vislumbrem um futuro promissor e rico de possibilidades de desenvolvimento, de crescimento, de convivência, de superação, de sonhos.
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