Disciplina - Educação Física

Educação Física

03/02/2016

Dança Inclusiva - O que é?

Toda dança, basicamente, dá forma ao movimento e, por isso, pode ser considerada uma forma de manifestação artística. A dança como arte, é um caminho para criar e compartilhar o modo como nós reagimos ao mundo que nos circunda. Poucas oportunidades de prática regular de dança são oferecidas à população portadora de necessidades especiais.

Além dos benefícios psicomotores, cognitivos, emocionais e socioculturais inerentes a esta forma de arte, a dança para pessoas portadoras de necessidades especiais, pode ser uma forte aliada de inclusão social, especialmente quando vivenciada em espaços onde a diversidade humana é a principal característica.

Com o objetivo principal de integrar seres humanos por meio da arte da dança, a dança inclusiva surgiu para oferecer a convivência do grupo. Promovendo uma constante reavaliação de valores, crenças e atitudes pessoais e sociais em relação à deficiência, às semelhanças e diferenças humanas.

A proposta da DANÇA INCLUSIVA é oferecer meios que permitam que TODOS façam dança, sendo o foco principal a capacidade e, não a limitação.

A metodologia adotada consiste na fusão de técnicas variadas de trabalho corporal:

Técnicas de Contato improvisação,

Exercícios de relaxamento, alongamento e fortalecimento;

Sequências coreográficas;

Atividades de apreciação.

Fonte: Espaço Corporal – Terapia Arte e Educação

A dança inclusiva nasceu com a proposta de dar aos portadores de deficiência física a possibilidade de desenvolver seu potencial de movimento e – por que não? – suas habilidades artísticas. Com o desenvolvimento de diferentes linguagens e pesquisas de movimento, a dança inclusiva vem acompanhando essa evolução e ganhando cada vez mais espaço.

Cadeirante, Edu O. trabalha com dança há 12 anos, época em que a dança inclusiva era considerada mais uma forma de reabilitação que uma manifestação artística. “Estamos namorando essa ideia há algum tempo. O encontro é urgente, a dança inclusiva está evoluindo, queremos instigar a reflexão, por que em muitos casos, ainda se destaca a deficiência? Muitas pessoas ainda não compreendem esse tipo de dança, nos olham como exemplo de superação. Queremos levantar questões, discutir por que ainda resistem tantas diferenças que nada têm a ver com a dança”, analisa Edu.

A evolução dessa linguagem tem sido tão rápida e intensa que até mesmo o termo ‘dança inclusiva’ pode estar com os dias contados. Isso porque as fronteiras entre essa linguagem e a arte estão se estreitando. “Esse nome não corresponde mais à realidade. No início havia uma abordagem social, uma ideia de reabilitação. Esse olhar errado atualmente me incomoda, por que temos que destacar a deficiência? Existe um olhar de superação. Sem contar que para ser ‘inclusiva’ é porque existe uma exclusão, certo? Mas nem fora do Brasil surgiu ainda uma nova nomenclatura”, esclarece o coreógrafo.


Este conteúdo foi acessado em 03/02/2016 - site Mundo da Dança. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.

Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.