Disciplina - Educação Física

População e urbanização

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População

Na África, a população distribui-se de acordo com os recursos naturas do território. As elevadas densidades das férteis regiões costeiras do Norte e do Oeste, da Nigéria, do vale do Nilo e do planalto oriental contrastam com um conjunto de baixas densidades. Nas últimas décadas, o forte êxodo rural provocou uma enorme explosão urbana.

A população do continente africano alcançou a cifra de um bilhão de habitantes e continua a crescer, no ritmo de 24 milhões de pessoas por ano. Estima-se que a população alcançará a casa dos dois bilhões de habitantes até 2050.

Ainda que o índice de crescimento tenha sofrido uma diminuição nos países da África mediterrânea – Egito e Tunísia, por exemplo – na África Subsaariana a taxa de crescimento demográfico é a mais elevada do mundo. A média mundial é de 2,6 filhos para cada mulher, na África, na região situada ao Sul do Saara, o índice é de 5,3 filhos.

O aumento da população é ligado em ordem direta aos hábitos sexuais dos povos africanos. Enquanto no mundo, 62% das mulheres casadas, em idade fértil, usam anticoncepcionais, na África Subsaariana apenas 28% das mulheres fazem uso de métodos para evitar filhos.

A população africana é também a mais jovem, se comparada a outros continentes, e se prevê que, em 2050, o número de jovens africanos será de 349 milhões, o que significará 29% da população jovem do mundo.

No continente, ainda é possível verificar o predomínio das religiões nativas (aparentadas com o candomblé do Brasil) nos países ao Sul do Saara e do islamismo nas nações do Norte. Há também importantes centros cristãos, como a Etiópia (uma das nações cristãs mais antigas do mundo) e outros decorrentes da colonização europeia.

A diversidade linguística é muito grande: as línguas e os dialetos locais, do tronco africano, convivem com os idiomas introduzidos pelos colonizadores europeus, em especial, o inglês, o francês e o africâner, derivado do holandês falado no século XVII.


Urbanização

A África vive um processo de urbanização iniciado na década de 1950, pois está relacionada com a ampliação da economia de exportação, quando houve um grande aumento do consumo mundial de matérias-primas, combustíveis fósseis e produtos agrícolas.

As áreas de urbanização mais acentuada são da África do Sul (país industrializado), os países que se localizam em torno do golfo da Guiné, com sua indústria petrolífera, e a região do litoral do mar Mediterrâneo, de onde parte importante rota marítima internacional, permitindo manter uma forte integração econômica com os países europeus.

No continente africano, analisa-se de modo geral, que 70% dos recursos públicos estão nas mãos do governo federal. Repasses às outras esferas administrativas dependem, muitas vezes, da boa relação entre políticos. Daí a dificuldade dos municípios em obter verbas para investir em urbanização.

Como visto anteriormente, a população do continente é majoritariamente jovem e as taxas de natalidade são altas. Querendo o melhor para si e para os filhos, as pessoas ficam nas cidades, na maioria das vezes desempregadas e morando em condições subumanas. Segundo o relatório Estado das Cidades Africanas, divulgado em 2008 pela ONU, a população urbana africana duplicará até 2030.

Apesar de a urbanização mal planejada acarretar problemas sociais e de infraestrutura, ainda assim a possibilidade de viver nas grandes cidades atrai grande parcela da população. Junto com a diversificação da economia e a maior oferta de empregos, há também maiores possibilidades de acesso a serviços de saúde e de Educação. Com a ampliação do setor produtivo, começam a surgir vagas para profissionais mais qualificados e especializados, aumentando a necessidade de escolas, centros de formação técnica e faculdades. Pode-se observar como exemplo a Nigéria, que tem se destacado na oferta de vagas nas universidades.

A consolidação do sistema de ensino, que ainda tem muito a evoluir, é o primeiro passo para a geração e o fortalecimento de polos culturais e de pesquisa, que tendem a atrair investimentos externos; a África do Sul é um dos exemplos dessa realidade. Cidades extremamente urbanizadas, como Johanesburgo, Durban e Pretória, têm contado cada vez mais com a presença de multinacionais interessadas na mão de obra abundante e mais qualificada e no mercado consumidor crescente.

Fontes de pesquisa:

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Rádio Vaticano. Acesso em 13/05/2010
Sua Pesquisa. Acesso em 07/05/2010

Fontes impressas:

Almanaque Abril 2009 - 35ª edição. São Paulo: Editora Abril, 2009
Atlas Geográfico Mundial – Para conhecer melhor o mundo em que vivemos – África. 3ª edição, 2005.
DIAMANTINO, Alves Correia Pereira; CARVALHO, Marcos Bernardino. Geografias do mundo – fronteiras, 9º ano.São Paulo: FTD, 2005.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia: homem & espaço, 9º ano. 21ª edição. São Paulo: Saraiva, 2008.
Projeto Araribá. 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
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